O percurso da Rota dos Moinhos tem início junto aos antigos armazéns da Macieira, à entrada do Maxial - terrenos do Cretáceo Inferior -, percorrendo parte da ?rua direita? até se desviar à direita, iniciando a subida para a serra - para os terrenos do Jurássico Superior - onde se desenvolverá a maior parte deste percurso.
Passando os Casais da Capela, sempre a subir, viramos à esquerda um
pouco antes da Fonte de Barro (que outrora abastecia o Maxial e ainda
hoje abastece alguns dos fontanários existentes). Avistamos os primeiros
moinhos, alguns convertidos para habitação: estamos em Vila Seca. A
vista para poente é soberba, permitindo, em dias limpos, avistar o mar.
Novo
desvio à esquerda e começamos a descer, até chegarmos a uma azenha
recuperada para casa de habitação, com a sua levada perfeitamente
conservada pelo proprietário. Chegámos aos Casais de Santo António e
pelo ?Lameirão? encetamos nova subida, que nos leva ao ponto em que quem
pretenda optar pelo percurso mais curto (PR8.1)
seguirá pela esquerda. Os moinhos continuam a acompanhar-nos e, no alto
da Folgarosa, o percurso coincide com um curto troço asfaltado. Um pouco
à frente, novo ponto de opção: quem optar pelo percurso de distância
média (PR8.2) deverá seguir pela esquerda.
Continuando numa zona de pouco declive, começam a surgir os aerogeradores, seguindo-se um espaço de criação de cavalos. Estamos de novo a chegar a Vila Seca, onde um pequeno desvio permitirá visitar a Capela de Santa Luzia. Passamos por uma antiga pedreira e chegamos à Ereira, ?terra de padeiros?, onde poderemos ver um moinho ainda em funcionamento, para além de inúmeros em ruínas e outros adaptados a habitação. Seguindo em direção aos Casais das Pedreiras deixaremos de ver os agregados habitacionais por um momento.
O percurso segue em direção à Serra Alta, o ponto mais alto do percurso. Aqui, a paisagem vai alternando entre os aerogeradores e os moinhos. Para nascente, a vista permite-nos vislumbrar terras de outras freguesias e concelhos. Passamos pela ruína de um curioso moinho com três níveis. Em breve iniciamos a descida pelo Carrascal (encontrando o PR8.2), deixando os moinhos para trás. Avistamos, ao longe, Montejunto.
Uma ligeira subida leva-nos a contornar o cabeço da Marvela. Descemos para o ?porto da Sestearia? e, subindo, passamos pela Sestearia, para depois descermos os Covões (encontrando o PR8.1). O nosso caminho é paralelo ao cemitério, onde podemos ver a sua capela. Em tempos, esta foi a igreja do ?Machial?, chamando-se, provavelmente, Igreja de Santa Susana e Alcabrichel, com data de fundação de cerca de 1147, início do domínio cristão da Estremadura. Em consequência do terramoto de 1755, da igreja resta apenas a sua capela-mor. Estamos a terminar o percurso, passando pela Igreja Matriz e pela Junta de Freguesia, para terminarmos onde iniciámos: junto aos antigos armazéns da Macieira.