O percurso tem início junto à Igreja Matriz de São Romão, em Alferce, seguindo para norte. Em frente ao espelho de água, vira-se à direita em direção ao cemitério da vila, contornando-o pelo lado direito.
Neste ponto, é possível contemplar o impressionante "Vale do Demo", com as suas numerosas quedas de água. Aqui, o trajeto abandona a povoação e é ladeado por sobreiros (Quercus suber), medronheiros (Arbutus unedo), urzes (Erica arborea), entre outras plantas arbustivas. Neste troço, desfruta-se de uma vista ampla sobre a Serra de Monchique, com pequenos vislumbres do mar e de espelhos de água distantes, que assinalam a localização das barragens de Odelouca e do Arade.
Após uma longa descida em ziguezague, o caminho desce até à interseção entre o Barranco do Demo e a ribeira de Monchique, atravessando esta linha de água, rica em vegetação ribeirinha e quase sempre com água cristalina (dependendo do caudal, poderá ser necessário descalçar-se), para iniciar, de seguida, uma subida prolongada. Nesta fase, o percurso passa à direita do casario da vila de Alferce.
A meio do caminho, encontra-se a indicação do Sítio Arqueológico do Cerro do Castelo de Alferce, que se localiza a cerca de 1 km de distância (ida e volta, 2 km). Situado no topo de um cerro que atinge os 488 metros de altitude e que se destaca no limite oriental da Serra de Monchique, este arqueossítio é uma referência incontornável na paisagem envolvente. No cimo do Cerro do Castelo de Alferce encontram-se as ruínas de uma fortificação islâmica (hisn), construída no século IX d.C., durante a época emiral-omíada, sendo um dos castelos muçulmanos mais antigos do território nacional. Este local foi classificado como sítio de interesse público em junho de 2013. Aprecie a vista deslumbrante: é fácil perceber por que razão este local foi escolhido. Do topo, desfruta-se de uma vasta panorâmica sobre os territórios circundantes. O castelo desempenhava um papel importante no controlo das principais vias de comunicação da região. Este cerro, com excelentes condições naturais para vigilância e defesa, encontra-se também próximo de dois cursos de água importantes, as ribeiras de Monchique e de Odelouca, que permitiam a ligação entre a zona serrana e o litoral.
A visita ao sítio arqueológico requer o retorno ao ponto de desvio pelo mesmo caminho. Depois, vira-se à esquerda e prossegue-se até alcançar a Estrada Municipal (EM) 1073. Aqui, é necessário cruzá-la, virando à esquerda, e em seguida à direita, em direção ao pequeno aglomerado de Azenha. Após cerca de 100 metros ao longo da estrada de asfalto, o percurso vira à direita, entrando num belo e denso bosque de sobreiros, onde se pode ouvir o rico canto das aves e o som constante da água corrente. Entre as aves que se podem ouvir neste local estão o tentilhão-comum (Fringilla coelebs), chapim-real (Parus major), chapim-azul (Cyanistes caeruleus), trepadeira-azul (Sitta europaea), trepadeira-comum (Certhya brachydactyla), pica-pau-malhado (Dendrocopos major) e o peto-real (Picus sharpei).
Ao chegar novamente à estrada asfaltada, vira-se à direita e intercepta-se a Ligação 11 da GR13 - Via Algarviana, no sentido inverso ao recomendado. Cerca de 700 metros depois, na entrada de Alto de Baixo, um pequeno aglomerado, encontra-se também a PR8MCQ - "Pelos Caminhos de Alferce", também no sentido inverso ao recomendado. Na entrada de Alto de Baixo, a PR8MCQ - "Pelos Caminhos de Alferce" converge com o itinerário, e ambos viram à direita. A partir daqui, o percurso dirige-se para Alferce por caminhos rurais pavimentados, atravessando o pequeno aglomerado de Alto de Baixo, onde se pode admirar o casario de traça arquitetónica típica da serra e os seus campos agrícolas tradicionais. Daí, o percurso desce; no cruzamento, vira-se à esquerda até à Estrada Municipal (EM) 1073, onde se vira à direita até chegar a Alferce. Os três percursos terminam junto à Igreja Matriz de São Romão.