O PR2 de Borba da Montanha, pequena rota que se estende ao longo de 22 km, é o segundo percurso pedestre sinalizado em Celorico de Basto. O PR2 de Borba da Montanha desenvolve-se em meio natural e rural, composto por caminhos rurais e tradicionais, caminhos florestais e trilhos vários. Estes trilhos marcaram a rotina diária de muitas gerações, muitas vezes eram caminhos usados por agricultores, pastores, caminhos antigos de ligação entre lugares, de acesso a terrenos de cultivo e de circulação de gado.
O património arqueológico tem especial relevância neste percurso pedestre, pela singularidade de alguns dos seus elementos e pela sua localização estratégica ao longo do PR2. Exemplo disso são os vários castros dispersos ao longo do percurso pedestre. Trata-se de um percurso circular, com início na singela e típica aldeia de Barrega, desenvolvendo-se posteriormente em 3 grandes anéis.
O primeiro anel com cerca de 8,1 km tem o início e término junto da Capela de S. Brás na aldeia de Barrega. Definido sobretudo por caminhos florestais, que nos fazem chegar ao Castro de Barrega a 739 m de altitude, sítio de valor arqueológico excecional e que nos permite deslumbrar toda a panorâmica envolvente desta região. Este é também o caminho que nos guia pela cumeeira da serra do Viso, ponto mais alto de Celorico de Basto, a 847 m de altitude, onde se encontra a Capela da Nossa Senhora do Viso, local de devoção de todos os Celoricenses, representa um elemento com elevado valor cultural e religioso do património arquitetónico de Celorico de Basto. O regresso à aldeia, é feito pelo coração desta povoação rural, entre caminhos rurais em contacto direto com as pessoas, os seus usos, costumes e crenças.
O segundo anel, o menor com cerca de 5,6 km, mas também o mais central. Parte da aldeia de Barrega, passando pelo povoado rural de Quintela, outra aldeia tradicional da região, onde se destaca o conjunto de casas rurais em granito e os diversos espigueiros. Aqui, a morfologia dos terrenos, permite-nos apreciar as amplas parcelas agrícolas, outrora preenchidas pelo cultivo do milho e regadas pelas águas da ribeira de Santa Natália. A vivência rural mais uma vez está presente ao longo do percurso.
A refrescante zona de lazer de Borba, banhada pela ribeira de Santa Natália, marca o início do terceiro anel com 9,5 km. Este anel, leva-nos à descoberta da singularidade dos pequenos aglomerados rurais de Borba, de Porçã, de Murgido com passagem no seu castro a 722 m de altitude e de Cabanelas também com o seu castro a 712 m de altitude.
O património religioso está muito presente neste anel. Desde logo, a Igreja Paroquial de Santa Maria recentemente restaurada, as Capelas de Santo Amaro e Santo António e o Cruzeiro oitocentista de Cabanelas.
